sábado, 19 de dezembro de 2015


RESUMO ATUALIDADES 2015 – PARTE IV

Setembro/2015

 
Conflitos da Venezuela

Em julho de 2015, o presidente venezuelano Nicolás Maduro reivindicou a soberania da região do Essequibo na Guiana. A disputa pelo território situado em dois terços do solo guianense é antiga e remonta ao final do século XIX, quando a fronteira entre os dois países foi delimitada.

O presidente da Guiana, David Granger, reclamou que seu país está sendo alvo de provocações e afirma que a questão foi resolvida no século XIX. Para ele, o que estaria por trás do atual interesse da Venezuela são as recentes descobertas de grandes jazidas de petróleo e recursos naturais na região. Granger busca apoio do Brasil e do Tribunal de Haia para mediar o conflito.

Em agosto de 2015, uma emboscada feriu alguns militares venezuelanos que patrulhavam a região de fronteira com a Colômbia na tentativa de evitar o contrabando de alimentos e combustíveis. Três militares venezuelanos ficaram feridos.

Como resposta, mil colombianos que viviam ilegalmente no país vizinho foram deportados pelo governo do presidente Nicolás Maduro, que chegou a fechar parte da divisa e a decretar estado de exceção nos municípios da região. O presidente afirmou que estava evitando a ação de milicianos envolvidos no contrabando e no narcotráfico.
A expulsão em massa e o fechamento da fronteira agravaram as relações entre Colômbia e Venezuela. Segundo declarações do presidente colombiano Juan Manuel Santos, as ações de Maduro têm motivação de natureza política interna devido às eleições legislativas no final do ano.



Oscar 2016
O longa-metragem "Que horas ela volta?", de Anna Muylaert, é o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga entre os finalistas do Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Oscar 2016, promovido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
O drama dirigido por Anna Muylaert apresenta os conflitos vividos entre Val (Regina Casé) e sua filha, Jéssica (Camila Márdila). Trabalhando como doméstica em uma casa de classe média alta, Val reencontra a filha depois de 13 anos, quando a jovem vai prestar o vestibular em São Paulo.
 
 
 
 
Descoberto planeta semelhante à Terra

O planeta mais parecido com a Terra foi descoberto pela Nasa. Segundo a agência espacial norte-americana, o Kepler 452b faz parte do grupo de planetas situados em zonas habitáveis, aqueles que orbitam em uma região delimitada pelo brilho de uma estrela e que possuem a distância ideal para que a temperatura possibilite a existência de água líquida em sua superfície.
Distante a 1.400 anos-luz e com um diâmetro 60% maior do que o da Terra, o Kepler 452b está localizado na constelação de Cygnus e orbita uma estrela parecida com o Sol. A volta completa em torno dela dura 385 dias, o que torna o ano completo muito parecido com o nosso.

 

Outubro/2015

Acordo de Associação Transpacífico

Em outubro de 2015,  Estados Unidos, Japão, México, Peru, Chile, Canadá, Malásia, Cingapura, Vietnã, Brunei, Austrália e Nova Zelândia assinaram o Acordo de Associação Transpacífico (TPP). O bloco reúne 12 países, que representam 40% do PIB global.

Oficialmente, o TPP pretende eliminar ou reduzir as barreiras alfandegárias entre os países membros, facilitar o acesso a mercados de bens, serviços e investimentos, bem como criar um mecanismo de ajuste e atenuação de problemas comerciais.

A história desse acordo começa em 2005, com o acordo entre Brunei, Chile, Cingapura e Nova Zelândia. Ao longo dos anos gerou interesse em outros países e passou a ter mais membros, até chegar a um novo grupo com 12 países.

Meta de redução de emissões

O Brasil anunciou recentemente que reduzirá suas emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 43% até 2030, mas a presidente Dilma Rousseff afirmou que o objetivo já inclui esforços realizados desde 2005 de combate ao desmatamento.

A presidente apresentou as metas do país durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, afirmando que estas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países mais desenvolvidos.

Países estão submetendo suas metas para reduzir as emissões antes das negociações globais sobre o clima em Paris no final do ano. Até agora, as metas são estimadas para limitar o aquecimento global a 3 graus Celsius.

O Brasil também planeja reduzir as emissões ao aumentar a participação de energia renováveis (excluindo as grandes hidrelétricas) em geração para 23% até 2030 ante 15% atualmente.

 
Prêmio Nobel da Paz

O Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2015, "por sua decisiva contribuição para a construção de uma democracia pluralista no país durante a revolução de 2011", segundo o comitê que entrega o prêmio.

Ele é composto por quatro organizações: a União Geral Tunisiana do Trabalho (UGTT), a União Tunisiana da Indústria, do Comércio e do Artesanato (UTICA), a Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia (ONAT) e a Liga Tunisiana dos Direitos Humanos (LTDH).

O prêmio foi entregue em dezembro em Oslo, na Noruega.

 

Novembro/2015

 
Atentados em Paris

Em uma noite de pânico e terror, sete atentados simultâneos atingiram na sexta-feira, 13/11, pontos distintos de Paris, no que pode ser o maior ataque terrorista da história francesa. De acordo com informações da imprensa francesa, apenas na boate Bataclan, mais de 100 pessoas teriam sido mortas por dois terroristas que gritavam "Deus é Grande" em árabe. Os alvos, além da boate, foram um restaurante e o Stade de France, palco da final da Copa de 1998. Nesses locais, ao menos mais 40 pessoas foram mortas em ações com atiradores e homens-bomba.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou os ataques  em Paris, em um comunicado publicado na internet, afirmando que a França continuará a ser um de seus principais alvos.

Segundo o comunicado, os ataques de Paris seriam uma resposta aos "bombardeios contra os muçulmanos em terras do califado", um termo geralmente utilizado para designar as regiões do Iraque e da Síria controladas pelo EI.

A França, que participa de uma coalizão internacional, realiza ataques aéreos contra os jihadistas no Iraque e na Síria.

 

Eleições na Argentina

O empresário Mauricio Macri é o novo presidente da Argentina. Atual prefeito de Buenos Aires, ele é ex-presidente do clube Boca Juniors e líder de uma frente de centro-direita opositora do atual governo de Cristina Kirchner.

Macri foi eleito no domingo (22/11), na primeira vez na história do país em que uma eleição presidencial foi decidida no segundo turno, e vai governar por quatro anos. Ele irá assumir a presidência no dia 10 de dezembro deste ano.

O resultado após a realização do inédito segundo turno gerou festa entre os apoiadores de Macri e lágrimas entre eleitores de Daniel Scioli - candidato apoiado pela presidente Cristina Kirchner, que governa o país desde 2007 e é viúva do falecido presidente Néstor Kirchner (2003-2007). A Argentina teve 12 anos de kirchnerismo no poder.

Esta é a primeira vez um líder da direita liberal chega ao poder pelas urnas em eleições livres, sem o apoio de uma ditadura, fraudes ou candidatos proscritos.

 

Reunião do G20

Os líderes do G20, na cúpula de Antalya, Turquia, propuseram medidas conjuntas para lutar contra o terrorismo e prevenir novos atentados, depois dos eventos de Paris. Os líderes do G20 pretendem tomar medidas contra a crescente circulação de terroristas estrangeiros.

Os líderes do G20 também estão determinados a alcançar um acordo na  Conferência do Clima de Paris (COP21), que respeite o objetivo de limitar o aquecimento do planeta a dois graus.

Já o dossiê econômico discutiu a desaceleração da economia chinesa, que preocupa os mercados e os países emergentes.

 

Economia recua 1,7% no 3º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,7% no terceiro trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores. Considerando o período de julho a setembro, essa retração é a maior da série histórica, que começou em 1996.

No segundo trimestre, o PIB já havia recuado 2,1% (segundo dado revisado). Com esse resultado, a economia brasileira segue em recessão.

Neste trimestre, a queda foi disseminada nos três setores da economia que entram no cálculo do PIB. A agropecuária registrou retração de 2,4%, a indústria, de 1,3%, e os serviços, de 1,0%.

 
Dezembro/2015

 

Pedido de impeachment de Dilma Rousseff

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment contra a presidente em 02/12. Cunha deu aval à representação ingressada no dia 21 de outubro pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal e que foi endossada por partidos de oposição.

O documento protocolado pelos juristas traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais em 2015.

A autorização de Cunha é apenas o primeiro passo para o processo de impeachment. Posteriormente, deve ser criada uma comissão composta por representantes de todas as bancadas da Câmara para emitir um parecer favorável ou contrário à continuidade da ação e será aberto prazo para a presidente apresentar sua defesa.

O processo ainda precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara e aceito por pelo menos dois terços dos deputados - ou seja, 342 congressistas.

 

Pec da Bengala

O Congresso Nacional derrubou na terça-feira (1º/12) o veto da presidente Dilma Rousseff à elevação de 70 para 75 anos da aposentadoria compulsória em todas as esferas do serviço público do país.

A proposta prevê que, além dos servidores da União, dos estados e dos municípios, também serão beneficiados com a nova regra os integrantes do Judiciário, do Ministério Público, das Defensorias Públicas e dos Tribunais e dos Conselhos de Contas.

A mudança no teto de aposentadoria do funcionalismo havia sido aprovada em setembro pelo Congresso Nacional. No mês seguinte, Dilma vetou a proposta com a justificativa de que havia um vício de origem na tramitação do projeto.

 

COP-21- Cúpula do Clima de Paris

Os 195 países reunidos na cúpula do clima concordaram em reduzir as emissões de gases do efeito estufa. 

Após duas semanas de negociações, os políticos chegaram a um consenso, assumindo um compromisso ambicioso: limitar a subida da temperatura a 1,5 graus em relação à era pré-industrial.

O Acordo de Paris envolve, pela primeira vez, todos os países do mundo na luta contra as alterações climáticas e o aquecimento global.

No compromisso, juridicamente vinculativo, os países comprometem-se a reduzir significativamente o uso de combustíveis fósseis para apostar nas energias renováveis.

Relativamente aos recursos financeiros, o documento prevê o financiamento aos países em desenvolvimento após 2020.

Assim, cada país deverá, daqui em diante, estabelecer os seus objetivos com vista a atingir as metas definidas. E uma reunião para balanço dos compromissos assumidos ocorrerá em 2025.

 
Microcefalia no Brasil

Os casos de microcefalia no Brasil aumentaram 41% na primeira semana de dezembro, informou o Ministério da Saúde.

A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro do feto não se desenvolve de maneira adequada.

Além de trazer risco de morte, a condição pode ter sequelas graves para os bebês que sobrevivem, como dificuldades psicomotoras (no andar e no falar) e cognitivas (como retardo mental).

O Governo federal afirmou que há uma correlação entre o aumento dos casos de microcefalia e o zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, mosquito que também transmite quatro tipos de dengue e outra doença nova, a chikungunya.

O país adotará novos critérios para considerar os casos suspeitos de microcefalia – até o momento, eram contabilizados os bebês com perímetro cefálico menor ou igual a 33 centímetros e, a partir de agora, só serão incluídos na estatística de casos suspeitos os que nascem com 32 centímetros ou menos, medida adotada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

IDH-2015

O Brasil perdeu uma posição no ranking que mede o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países e ficou em 75º lugar em 2014, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre 188 países, divulgado na segunda-feira (14/12). Quem passou à frente do Brasil no ano passado foi o Sri Lanka.

O IDH é medido a partir de quatro indicadores: esperança de vida ao nascer; expectativa de anos de estudo; média de anos de estudo (da população até o momento); e renda nacional bruta per capita (toda a renda do país dividida pelo número total da população).

De acordo com o estudo, a Noruega ocupa a primeira posição do ranking de desenvolvimento humano da ONU e bNíger o último.

Entre os países vizinhos com IDH melhor que o Brasil estão Venezuela (71º), Chile (42º) e Argentina (40º).Apesar de ter ficado atrás de alguns países latinos no ranking, o país teve o maior crescimento de IDH da América do Sul entre 1990 e 2014.

Um dos componentes do índice deu seu primeiro sinal de piora em 2014 – após anos consecutivos de alta, a renda média do brasileiro teve uma queda de 0,74% na comparação com 2013, passando de US$ 15.288 para US$ 15.175.

 

Fontes

www.estadao.com.br

www.istoe.com.br

www.g1.globo.com

www.uol.com.br