sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Atualidades - Novembro/2019


Atualidades – Novembro/2019



Reforma administrativa e econômica

O presidente Jair Bolsonaro entregou ao Congresso na terça-feira (5/11) um pacote de medidas para a área econômica. O pacote econômico prevê ações com o objetivo de melhorar as contas do governo, dos estados e municípios, simplificar procedimentos e estimular o crescimento da economia, visando a geração de empregos. As principais medidas são:

- Divisão dos recursos do petróleo: junto com a divisão dos recursos do leilão de petróleo da cessão onerosa, o ministro Paulo Guedes já informou que o governo quer aumentar a destinação de recursos do pré-sal aos estados e municípios;

- Fundeb: manutenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), com aumento no repasse da União de 10% para 15%, que seria feito por meio de recursos existentes nos fundos constitucionais;

- Descentralizar, desvincular e desindexar (DDD): além da descentralização de recursos (destinação maior de verbas do petróleo e do Fundeb para os estados e municípios), o plano do ministro Paulo Guedes prevê ainda a desindexação do orçamento (que as despesas deixem de crescer, na medida do possível, de acordo com indexadores) e a desvinculação de recursos (desobrigação de gastos em determinadas áreas). O plano ficou conhecido como "DDD". O governo indica que vai propor a unificação dos pisos de gastos com Saúde e Educação;

- Conselho Fiscal da República: criação do Conselho Fiscal da República que reunirá integrantes da área econômica, do Congresso Nacional, do Judiciário e dos estados. O presidente Jair Bolsonaro também poderá participar dos encontros. A ideia, segundo disse recentemente o ministro da Economia, é o conselho analisar a cada três meses a destinação dos recursos públicos e o cumprimento de regras fiscais.


  
Lula deixa a prisão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi solto em 08/11 após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou a capital paranaense na manhã de sábado (9/11). Ele estava preso desde abril de 2018 na superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

O petista embarcou para São Paulo (SP) depois de passar a noite em um hotel na capital paranaense e  participou de uma festa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).



Crise na Bolívia

Evo Morales renunciou no domingo (10/11) ao cargo de presidente da Bolívia após uma escalada nas tensões no país. O anúncio foi feito em rede nacional, pela televisão. Além dele, outros na linha de sucessão renunciaram: o vice, Álvaro García Linera, Adriana Salvatierra, a presidente do Senado, e Víctor Borda, presidente da Câmara de Deputados.

A presidente do Supremo Tribunal Eleitoral da Bolívia, Maria Eugenia Choque Quispe, que havia deixado seu cargo na manhã de domingo, foi detida pela polícia após a renúncia do presidente.

Morales havia dito que convocaria novas eleições, após a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgar que as eleições de 20 de outubro haviam sido fraudadas. Assumiu a presidência interina, Jeanine Añez, na terça-feira (12/11) com a missão de pacificar o país e organizar as eleições. Áñez era a segunda vice-presidente do Senado e só chegou ao poder depois de renúncias de outras autoridades.



Reunião do BRICS

Os cinco países membros do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – assinaram na quinta-feira (14/11), no encerramento da 11ª Cúpula do grupo, em Brasília, uma declaração com 73 tópicos sobre o futuro do grupo econômico e da política internacional. Os principais pontos do documento são:

- Compromisso com as metas de redução das emissões de carbono fixadas a partir do Acordo de Paris.
- Reforma "abrangente” das Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança.
- Preocupação com a possibilidade de uma corrida armamentista no espaço exterior.
- Na economia, defesa de "mercados abertos, de um ambiente de negócios e comércio justo, imparcial e não-discriminatório, de reformas estruturais, de concorrência efetiva e justa".
- Empenho para a adoção de medidas para combater a corrupção no setor público.
- Ausência de menções no documento a conflitos regionais na vizinhança dos membros do Brics. Nos 73 tópicos, não aparece, por exemplo, qualquer menção às crises políticas na Venezuela, no Chile e na Bolívia.



Eleições no Uruguai

O senador do Partido Nacional, de centro-direita, Luis Lacalle Pou será o próximo presidente do Uruguai, depois que números apresentados pela contagem secundária realizada pela Corte Eleitoral do país indicaram sua vitória no segundo turno realizado no domingo (24/11). A posse será em 1º de março de 2020. Com a vitória de Lacalle Pou, pela primeira vez em 15 anos, a coalizão Frente Ampla, do candidato Daniel Martínez, formada pelo ex-presidente José Mujica e pelo atual presidente Tabaré Vazquez, ficará fora do poder.



CMN limita juros do cheque especial

O Banco Central anunciou na quarta-feira (27/11) que os juros do cheque especial serão de no máximo 8% ao mês. A medida passa a vigorar em 6 de janeiro de 2020. É a primeira vez que o Banco Central decide impor uma taxa máxima a uma linha de crédito com recursos livres, isto é, que não tem um direcionamento estipulado por lei (como ocorre com o crédito imobiliário ou microcrédito). A decisão foi tomada em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Banco Central e pelo Ministério da Economia.O cheque especial é uma das modalidades de crédito mais caras do país e não tem limite para os juros, ou seja, os bancos têm liberdade para definir a taxa. Com o limite imposto agora, o juro anual será de cerca de 150% ao ano, no máximo, de acordo com o Banco Central.


Teste

1) Duas situações estão aprofundando o racha dentro dos BRICS e ameaçam a reunião do grupo que se realizará em Brasília, nos dias 13 e 14 de novembro. O placar em um dos temas entre os países dos BRICS é de 4 a 1: China, Rússia, África do Sul e Índia têm posição oposta à do Brasil, que se alinhou aos EUA. (FSP. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/05. 17.05.2019. Adaptado) O tema da notícia remete à seguinte posição do Brasil, contrária aos outros membros do BRICS:
a) o apoio às sanções comerciais impostas ao Irã pelos Estados Unidos.
b) o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
c) o apoio à intervenção militar norte-americana na Síria.
d) o reconhecimento do resultado das últimas eleições paquistanesas.


Gabarito:  1B