terça-feira, 2 de julho de 2019

Atualidades - Junho/2019



ATUALIDADES – JUNHO/2019


Suposta colaboração entre Moro e procuradores da Lava Jato

O site Intercept Brasil publicou em junho uma série de reportagens com base em o que diz ser arquivos recebidos de uma fonte anônima mostrando suposta colaboração entre o então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e o coordenador da operação Lava Jato no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol. O MPF confirmou que os procuradores da operação foram vítimas de um ataque de hackers em que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos, e negou em nota que tenha havido parcialidade ou qualquer ilegalidade em sua conduta. Também em nota, Moro afirmou que não houve "qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado". Em uma série de quatro textos, o Intercept aponta uma suposta relação próxima entre Moro, que julgava os casos da Lava Jato, e o procurador Dallagnol, que coordena as investigações da operação no Paraná. A defesa de Lula disse em nota após a publicação das reportagens do Intercept que vem apontando em diversos recursos, e que chegou a formalizar perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU, que "na Operação Lava Jato houve uma atuação combinada entre os procuradores e o ex-juiz Sergio Moro com o objetivo pré-estabelecido e com clara motivação política, de processar, condenar e retirar a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".

Santos Cruz é demitido de Secretaria de Governo

O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, deixou a equipe do presidente Jair Bolsonaro. O presidente comunicou a demissão ao general na quinta-feira (13/6), A demissão de Santos Cruz foi atribuída ao "desalinhamento" com o presidente em questões como comunicação e a centralização de poder na sua pasta. O ministro foi alvo de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, sobre os rumos da comunicação no Palácio do Planalto. Também se envolveu em polêmicas com o escritor Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo. Santos Cruz é o terceiro ministro de Jair Bolsonaro a sair em seis meses de governo. O general Luiz Eduardo Ramos Pereira será o substituto.


Acordo Mercosul e União Europeia

O acordo para a área de livre comércio entre o Mercosul  e a União Europeia acertado na sexta-feira (28/06) prevê uma serie de alterações em temas tarifários e não tarifários. A negociação entre os dois blocos levou mais de 20 anos para ser concretizada. O tratado é o mais ambicioso já feito pelo grupo de países sul-americanos. O acordo entre o Mercosul e a UE foi considerado um "marco histórico no relacionamento" entre os dois blocos pelo Ministério da Economia. Juntos, eles representam cerca de 25% do PIB mundial, em um mercado de 780 milhões de pessoas, informou o governo brasileiro. De acordo com o governo, a UE é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul e o primeiro em matéria de investimentos; enquanto, o Mercosul é o oitavo principal parceiro comercial extrarregional da UE.


Reunião do G-20

Os países do G20 concluíram no sábado (29/06)  no Japão, sua cúpula com um pronunciamento em favor do livre-comércio e com um texto que cobre temas que interferem na economia, como meio ambiente, criptomoedas, desigualdade de gênero, mudança climática, sistemas de impostos, comércio internacional, etc.  Um dos encontros mais esperados na reunião do G20 foi entre os líderes dos EUA e da China. Trégua na guerra comercial entre ambos, foi o que o presidente americano Donald Trump anunciou depois de encontrar o presidente chinês, Xi Jinping. O G20 é formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Juntos, os países do G20 representam dois terços da população mundial, 85% da sua economia e 75% do comércio internacional. A Cúpula de Líderes do G20 em 2020 será realizada em Riad, na Arábia Saudita. Esta será a primeira vez que o encontro vai ocorrer em um país árabe.


STF aprova a criminalização da homofobia


O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou na quinta-feira, 13 de junho, que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada um crime. Dez dos onze ministros reconheceram haver uma demora inconstitucional do Legislativo em tratar do tema. Apenas Marco Aurélio Mello discordou. Diante desta omissão, por 8 votos a 3, os ministros determinaram que a conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por "raça, cor, etnia, religião e procedência nacional". Votaram assim Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Celso de Mello, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Luís Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber. Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio disseram isso criaria um novo tipo de crime, o que cabe exclusivamente ao Congresso. O racismo é um crime inafiançável e imprescritível segundo o texto constitucional e pode ser punido com um a cinco anos de prisão e, em alguns casos, multa.


TESTE

1 – (FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Analista - Engenharia Civil) Nos últimos anos, acirrou-se a guerra comercial entre EUA e China, com a imposição mútua de tarifas e restrições. Com relação aos possíveis impactos dessa guerra comercial sobre a economia global, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

 

(  ) O conflito tende a afetar a economia de outros países, pois as cadeias de produção e consumo estão interligadas.
(  ) A guerra pode aumentar os custos das exportações e gerar um ciclo de diminuição do comércio internacional.
( ) A disputa afeta o mercado financeiro, porque grandes empresas mundiais têm bases produtivas na China.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) V – V – F.

e) V – V – V.

 


GABARITO:  1E